AINDA SOMOS TRÊS

Penso, às vezes, qual terá sido o grande acontecimento da minha vida.
Foi tê-la conhecido. Sim, porque com ela nasceu o nosso filho tão amado.
Foi ela quem me deu um filho varão.
Poderia ter amado outras mulheres. E amei. Mas nenhuma foi como ela.
Ela foi diferente. Ela foi a tal.
Deu-me um filho que a vida me roubou cedo demais.
Hoje, quando a olho, penso como seríamos felizes… se ele ainda estivesse connosco.
Hoje, a vida pesa — uma dor surda, uma tristeza que se entranha até aos ossos.
A ausência é uma ferida aberta.
Pergunto-me, por vezes, se, tendo amado outra, tudo teria sido diferente.
Mas foi ela. Foi com ela que o meu destino se escreveu.
E, mesmo com a perda, não consigo imaginar uma vida sem ela.
Perdi o meu amor maior.
E, no entanto, continuo.
Não sei como ainda vivo.
Mas vivo por ela.
Porque sem ela… já não saberia como viver.
Talvez sejamos três — ela, eu… e a sombra dele, que nunca nos deixou.
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